A proposta deste blog é a de compartilhar as vivências e aprendizados que possibilitam chegar mais perto da liberdade de ser, na consciência de que existe uma sabedoria superior que nos orienta, caso estejamos dispostos a estar conectada com ela. É um caminho de disciplina e de de um olhar interior de aceitação, coragem e muito força de vontade! Assumo meus questionamentos, medos e crenças que e compartilho a forma que usei para superá-los. Não é a única, mas espero que possa ajudar!
domingo, 27 de maio de 2012
O "Não Fato"
Ontem participei do segundo módulo do curso de Habilidades Sociais, promovido pelo Núcleo Maturi, na Escola Rudolf Steiner e fizemos uma vivência muito interessante, em grupo, na qual juntos tínhamos que atingir um determinado objetivo. Após a vivência, nos pediram para descrever quais foram os fatos que aconteceram. Para a minha surpresa, várias pessoas, inclusive eu, citaram situações como: "Não houve acordo prévio de como resolver a situação", "As pessoas foram fazendo sem antes planejar como fazer", etc, isto é, muitas citações com a palavra Não. Aí caiu uma tremenda ficha pois haviam nos pedido para descrever os fatos e o que falamos foram "Não Fatos".Os Não Fatos, conforme aprendemos, estão associados às nossas expectativas. São as coisas que gostaríamos que tivessem acontecido. Cada pessoa tem uma gama de expectativas ao se deparar com uma determinada situação que podem gerar frustração ou alegria, dependendo do decorrer da mesma. A questão é que muitas vezes avaliamos uma situação pelo que NÃO ACONTECEU e não pela realidade dos fatos. Se cada pessoa tem seu conjunto de expectativas, quantas combinações das mesmas podem acontecer e com isso, diante do mesmo cenário, cada um pode sair com emoções e sentimentos diferentes em função dessa combinação de expectativas. Com isso acabamos fugindo da situação de analisar os fatos como eles são. Se quisermos que as nossas expectativas se transformem em fatos, o primeiro passo é comunicar ao outro quais são elas! Ninguém tem a obrigação de adivinhar os nossos pensamentos e além disso, a responsabilidade de criar a nossa realidade, de criar os nossos fatos, é nossa!
quinta-feira, 24 de maio de 2012
O dom das palavras - desafios da comunicação
Depois de tanto tempo sem escrever gostaria de compartilhar os aprendizados que tive em relação à comunicação.
Segundo Steiner, no intervalo entre o "falar" e "ouvir" está o respirar da comunicação. Quando alguém fala, ela "adormece" o outro, que por sua vez tenta se manter desperto. O que isso significa? Significa que quando ouvimos, temos que estar com o nosso Eu presente, só que isentos de julgamentos, pensamentos, enfim 100% conectados com o outro. É como se nos abríssemos para receber a essência do outro em nós, e com isso ser capaz de saber o que ELE quer, sente, pensa, como está, o que planeja, mas sem perder a referência do nosso EU. O que geralmente acontece, é que não nos comunicamos com o outro, mas sim com a IMAGEM, que temos daquela pessoa, com os nossos julgamentos em relação a ela e é por isso que a comunicação hoje em dia é um a grande desafio. É um exercício constante e temos a possibilidade de sempre começar de novo, até que possamos construir esse elo verdadeiro de conexão com o outro.
Podemos sim depois perceber o que a mensagem daquela pessoa nos impactou, o que sentimos, que pensamentos gerou e isso pode ser um grande exercício para nosso caminho interior. Mas o que cabe é dar conta dos nossos sentimentos e pensamentos, sendo que de grande parte deles nem temos consciência.
Para mim foi de extrema importância poder entrar em contato com estes conhecimentos e vivências e me fez prestar mais atenção na minha forma de me comunicar e aos pouquinhos me sentir melhorando a cada dia, por mais que os passos sejam pequenos, mas como se diz no Pathwork, são os passos possíveis e ME ACEITAR do jeito que sou.
Seguem a seguir, dois textos lindos que falam sobre comunicar-se:
"Se sou verdadeiro, autêntico, se trago minha realidade para o outro e entendo com a mente e o coração do outro e, se duas pessoas estão fazendo isso ao mesmo tempo, então temos o ENTRE, o SER. Esta é a realidade do encontro" (Martin Buber)
"Se sou verdadeiro, autêntico, se trago minha realidade para o outro e entendo com a mente e o coração do outro e, se duas pessoas estão fazendo isso ao mesmo tempo, então temos o ENTRE, o SER. Esta é a realidade do encontro" (Martin Buber)
Palavras são janelas (ou são paredes) - de Ruth Bebermeyer
Sinto-me tão condenada por suas palavras
Tão julgada e dispensada
Antes de ir, preciso saber:
Foi isso que você quis dizer?
Antes que eu me levante em minha defesa,
Antes que eu fale com mágoa ou medo,
Antes que eu erga aquela muralha de palavras,
Responda: eu realmente ouvi isso?
Palavras são janelas ou são paredes
Elas nos condenam ou nos libertam.
Quando eu falar ou quando eu ouvir,
Que a luz do amor brilhe através de mim
Se minhas palavras não forem claras,
Você me ajudará a me libertar?
Se pareci menosprezar você,
Se você sentiu que não me importei,
Tente escutar por entre as minhas palavras
Os sentimentos que compartilhamos.
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