segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Minha oração de todas as horas

Aprendi no curso de autodesenvolvimento do Pathwork, uma oração muito valiosa. Confesso que a decorei porque me faz muito bem parar em alguns momentos do dia e relembrá-la...Ela me mostra que não preciso ter a certeza das coisas, que posso aceitar o que é possível e que tem muito mais em mim e nos outros do que percebo e sinto. Além disso me mostra que não sou um ser dissociado dos outros e do mundo, portanto o que acontece em mim impacta a mim e ao todo. O mesmo acontece com o que acontece com o outro...E que cada um pode contribuir com este imenso poço cósmico em benefícios aos outros...Espero que ajude a você também!


Aquilo que eu  sou, seja o que for, eu quero dedicar à vida. 

Eu deliberadamente quero que a vida faça uso do melhor 

daquilo que tenho e que sou. Eu posso não ter certeza neste 

momento da forma como isso possa ocorrer; e mesmo que eu 

tenha alguma ideia, eu permitirei que a inteligência e a 

sabedoria superiores dentro de mim me guiem. Eu deixarei 

que a própria vida decida como pode acontecer um 

intercâmbio frutífero entre ela e eu. Pois o que quer que eu 

der à vida, eu recebi dela, e desejo devolver ao imenso poço 

cósmico para trazer mais benefícios aos outros. Isto, por sua 

vez, vai inevitavelmente enriquecer minha própria vida na 

exata medida em que eu voluntariamente der à vida, pois 

verdadeiramente a vida e eu somos um. Quando eu me nego à 

vida eu me nego a mim mesmo. Quando eu me nego aos outros 

eu me nego a mim mesmo. Aquilo que eu  sou, seja o que for, 

eu quero deixar fluir para a vida. e o que quer que ainda em 

mim possa ser utilizado, que ainda esteja aguardando para 

ser trazido à realização, eu exijo, eu decido e eu desejo que 

seja colocado em uso construtivamente, de forma a 

enriquecer a atmosfera ao meu redor". 
(Palestra 138: O Desejo e o Medo de Proximidade - Pathwork) 

terça-feira, 12 de junho de 2012

PÁGINA EM BRANCO


Dizem que somos capazes de quebrar as crenças que nos impedem de sermos o melhor de nós mesmos. Que as coisas que aconteceram no nosso passado não são limitadores para construirmos os nosso futuro. Que sempre temos a oportunidade de escrever a nossa história porque o nosso futuro é uma página em branco.
Ao mesmo tempo em que isso é reconfortante, pois me dá a possibilidade  de desatar os meus nós,  tirar os tijolos da parede que me impede hoje de ser e sentir a minha essência fundamental, também é para mim um desafio: Como posso me livrar de crenças e tirar esses tijolos, uma vez que eles fazem parte do que sou hoje? Como posso mudar a forma de pensar e ver o mundo, que hoje me impede de deixar fluir a minha vida de maneira mais harmônica?
Entendo que para que realmente possa aproveitar essa página em branco e escrever a minha história em sintonia com a vibração do meu coração, tenho que fazer primeiro um caminho para dentro de mim mesma. Não se trata simplesmente de apagar tudo o que aconteceu, o que me marcou e começar do zero. Com isso estaria invalidando o meu próprio ser. Pelo menos é o que acredito. É como o Mate disse no desenho Carros 2: os amassados dele tem valor porque lembram cada aventura que ele passou com seu melhor amigo, por isso ele não quis fazer funilaria...Não quero fazer funilaria em mim mesma, mas sim olhar para cada “amassado” e aprender com aquela aventura vivida, por mais dolorida que ela tenha sido. Mesmo que as coisas aconteceram no passado, as dores estão lá e por isso é possível reviver a situação com os mesmos sentimentos, mas não com o intuito de sofrer de novo e sim de aprender com isso verdadeiramente, desatar esse nó e utilizar a energia para esse intercâmbio frutífero entre a vida e eu. E isso já é uma possibilidade tão gratificante!! Trata-se de aprender com a minha história, entender o que me fez agir de uma determinada maneira, o que me faz acreditar em alguns mantras que norteiam a minha vida, de entender a razão pela qual sentimentos indesejáveis brotam em mim...É um caminho desafiador porque me deparo com coisas das quais ainda não tenho todas as respostas. E sei também que esse caminho não é fácil pois depende muito de como você entra nele, com que defesas...
Li hoje um texto maravilhoso no http://www.institutodoamor.com.br/, que a Joana Madia escreveu sobre o Perdão; o perdão a nós mesmos. Olho para trás e vejo quanta coisa preciso perdoar em mim, o fato de ser hoje alguém que tem partes que não gostaria de ter, de ter agido comigo no passado de maneira cruel e esmagadora, em função às minhas expectativas e grau de exigência, e como não consegui atingir, fui a maior carrasca de mim mesma, o que hoje faz com que tenha feridas que precisam ser tratadas. Preciso me perdoar por não ter tido a força e o discernimento em determinadas situações da minha vida, que me fazem hoje ter crises existenciais das quais me envergonho porque me dão a sensação de fraqueza e inadequação.
Ao mesmo tempo sei que justamente essas dores me deram a oportunidade de escolher este caminho de autodesenvolvimento, do qual tenho consciência que não tem fim e estou abrindo desbravando o meu terreno como os bandeirantes fizeram 100 anos após o descobrimento do Brasil. Quando estou no limite da exaustão é do desânimo, rezo com toda a força e Deus manda anjos em forma de pessoas que aparecem como que adivinhando o meu momento para me sustentar e fortalecer e renovar as minha fé. Aliás essa foi outra grande conquista neste processo todo; o resgate da minha fé, da confiança em algo maior que nos ampara e nos acolhe em todos os momentos. Por muito tempo duvidei disso e hoje posso dizer com toda a clareza que ESTÁ AQUI. Precisamos somente nos abrir para isso, sem a expectativa de como irá se manifestar.
Por isso desejo que cada um tenha a força e coragem de trilhar esse caminho interior, com todo o respeito a si mesmo, às suas possibilidades do momento. O mais importante é se por em movimento, respeitando seus limites e cientes de que sempre haverá uma mão para te amparar no caminho quando você precisar. E que você possa escrever lindas histórias nas páginas da sua vida que ainda estão por vir!
Boa jornada

domingo, 27 de maio de 2012

O "Não Fato"

Ontem participei do segundo módulo do curso de Habilidades Sociais, promovido pelo Núcleo Maturi, na Escola Rudolf Steiner e fizemos uma vivência muito interessante, em grupo, na qual juntos tínhamos que atingir um determinado objetivo. Após a vivência, nos pediram para descrever quais foram os fatos que aconteceram. Para a minha surpresa, várias pessoas, inclusive eu, citaram situações como: "Não houve acordo prévio de como resolver a situação", "As pessoas foram fazendo sem antes planejar como fazer", etc, isto é, muitas citações com a palavra Não. Aí caiu uma tremenda ficha pois haviam nos pedido para descrever os fatos e o que falamos foram "Não Fatos".Os Não Fatos, conforme aprendemos, estão associados às nossas expectativas. São as coisas que gostaríamos que tivessem acontecido. Cada pessoa tem uma gama de expectativas ao se deparar com uma determinada situação que podem gerar frustração ou alegria, dependendo do decorrer da mesma. A questão é que muitas vezes avaliamos uma situação pelo que NÃO ACONTECEU e não pela realidade dos fatos. Se cada pessoa tem seu conjunto de expectativas, quantas combinações das mesmas podem acontecer e com isso, diante do mesmo cenário, cada um pode sair com emoções e sentimentos diferentes em função dessa combinação de expectativas. Com isso acabamos fugindo da situação de analisar os fatos como eles são. Se quisermos que as nossas expectativas se transformem em fatos, o primeiro passo é comunicar ao outro quais são elas! Ninguém tem a obrigação de adivinhar os nossos pensamentos e além disso, a responsabilidade de criar a nossa realidade, de criar os nossos fatos, é nossa!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O dom das palavras - desafios da comunicação

Depois de tanto tempo sem escrever gostaria de compartilhar os aprendizados que tive em relação à comunicação. Segundo Steiner, no intervalo entre o "falar" e "ouvir" está o respirar da comunicação. Quando alguém fala, ela "adormece" o outro, que por sua vez tenta se manter desperto. O que isso significa? Significa que quando ouvimos, temos que estar com o nosso Eu presente, só que isentos de julgamentos, pensamentos, enfim 100% conectados com o outro. É como se nos abríssemos para receber a essência do outro em nós, e com isso ser capaz de saber o que ELE quer, sente, pensa, como está, o que planeja, mas sem perder a referência do nosso EU. O que geralmente acontece, é que não nos comunicamos com o outro, mas sim com a IMAGEM, que temos daquela pessoa, com os nossos julgamentos em relação a ela e é por isso que a comunicação hoje em dia é um a grande desafio. É um exercício constante e temos a possibilidade de sempre começar de novo, até que possamos construir esse elo verdadeiro de conexão com o outro. Podemos sim depois perceber o que a mensagem daquela pessoa nos impactou, o que sentimos, que pensamentos gerou e isso pode ser um grande exercício para nosso caminho interior. Mas o que cabe é dar conta dos nossos sentimentos e pensamentos, sendo que de grande parte deles nem temos consciência. Para mim foi de extrema importância poder entrar em contato com estes conhecimentos e vivências e me fez prestar mais atenção na minha forma de me comunicar e aos pouquinhos me sentir melhorando a cada dia, por mais que os passos sejam pequenos, mas como se diz no Pathwork, são os passos possíveis e ME ACEITAR do jeito que sou. Seguem a seguir, dois textos lindos que falam sobre comunicar-se:

 "Se sou verdadeiro, autêntico, se trago minha realidade para o outro e entendo com a mente e o coração do outro e, se duas pessoas estão fazendo isso ao mesmo tempo, então temos o ENTRE, o SER. Esta é a realidade do encontro" (Martin Buber)

  Palavras são janelas (ou são paredes) - de Ruth Bebermeyer 

 Sinto-me tão condenada por suas palavras
 Tão julgada e dispensada 
 Antes de ir, preciso saber:
 Foi isso que você quis dizer?
 Antes que eu me levante em minha defesa,
 Antes que eu fale com mágoa ou medo,
 Antes que eu erga aquela muralha de palavras,
 Responda: eu realmente ouvi isso?
 Palavras são janelas ou são paredes
 Elas nos condenam ou nos libertam.
 Quando eu falar ou quando eu ouvir,
 Que a luz do amor brilhe através de mim
 Se minhas palavras não forem claras,
 Você me ajudará a me libertar?
 Se pareci menosprezar você,
 Se você sentiu que não me importei,
 Tente escutar por entre as minhas palavras
 Os sentimentos que compartilhamos.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Meditar

Antes de iniciar este texto gostaria de desejar a todos um 2012 com muita presença e consciência! Pouco a pouco venho entendendo que se estamos "presentes" no nosso caminho, as coisas que são para nós, dentro da energia que vibramos, surgirão na nossa frente...Confesso que para mim ainda é um início de um novo olhar, do qual realmente acredito!
Uma das formas de estar presente é aprender a meditar. O mais difícil, ou melhor o nosso desafio, é a conexão com o presente e abstrair os problemas, pensamentos, sentimentos, enfim , conectar-se com o aqui e agora, que é a verdadeira realidade. O que temos é só o presente...e na maioria das vezes estamos desconectados dele pois, ou estamos com a cabeça no passado, ou no futuro, e vivemos na ilusão do que já foi ou do que poderá vir a ser e nos esquecemos do que realmente é.
Com aqueles, que como eu, tem a vontade de se conectar com o agora, mas a dificuldade de se desconectar com o que foi ou o que poderá ser, compartilho esses dois vídeos, que ensinam como meditar. Um deles ensina a começar aos pouquinhos ( o que para mim foi uma luz no fim do túnel) e o outro, do grande mestre Eckhart Tolle, ensina os benefícios de viver no presente e como podemos meditar (com um esforço de mudança de foco) para chegar lá. Espero que ajude! Boa semana!